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domingo, 30 de março de 2014

FLUXO NATURAL














Que amor é esse que não ama?
Que amor é esse que engana?
O que te atrai, algumas notas?
Faz você crescer, evoluir?

Contra regra...

1,2,3

Todos sedentos do AMOR 
A procura de algo que não sabe
Você sabe o que quer?
Distração, sem parar, estagnação

Vai marchando, caminhando 
Pra qualquer canto 
Você quer respirar, eu sei
Isso se sobrepõe sob pressão

O que te atraí? Corre no paralelo
São duas vias, o que impera?
A energia é tensa e pesada
Quem vem pra somar
Obtenção, esperança, sem esperar

Invenção, cochicho por trás
Vai, você nem sabe, percebe
Sem saber, sabe de onde vem
Respira, sente o seu coração

Ponto central, ponto cardial
Se acalmar na tempestade
É preciso, necessário
Meditação, fluxo natural

Autor: Ricardo Andrade

BOMBOM DE AVELÃ














Fez noitinha de frio
Depois que você saiu
Sua boca na taça
Seu beijo que marcou

Gostei do bombom 
Mordidinha, recheado
Papel ficou na cama
Seu bilhetinho deixado

Não ligou, nada falou
Perfume no ar ficou
Logo meditei, pensei
Lábios de mel que toquei.

Autor: Ricardo Andrade

UNICIDADE AMOROSA












Alguém, não só mais um alguém
E sim um complemento 
Alguém que preencha lacunas
Que esteja em sonhos sonhados
Sem ilusões de falsos abraços

Alguém que ao estar do lado 
O tempo logo vira passado
Uma mesma sintonia única 
De ideais materiais, 
Espirituais e tudo mais

Sem imposições impostas
Sem jogos e apostas
Troca recíproca
De carinhos acariciados

Sinceridade desinteressada
Talvez corações mais puros
Mais puros, não desenganados

Pode haver sincronia, telepatia
Quem sabe gostar de poesias
Que faz amor sem heresias
No real prazer de delícias

Autor: Ricardo Andrade

sexta-feira, 28 de março de 2014

ESTRADINHA














Pela manhã fresquinha 
Cheirinho de café 
Bolo de fubá e tapioca
A mulata coloca a mesa
Pro homi levanta

Seis da matina
Brisa fresca no ar
O homi levanta, pé no chão
Faz humilde oração
Com seu terço na mão

Beija tua mulata
Muié pelo cabra tão amada
Faz refeição apreciada
Dá sua bença abençoada

Se apronta, se apressa
Estradinha longe atravessa
Sela teu cavalo
Pro dia que começa.

Autor: Ricardo Andrade

SAGRADO EQUINÓCIO

Preparou seu arco
Enfeitou na coroa seu cocar
Arrumou, agachou na mata
Águia Branca pairou 

Deu seu grito,
Bateu no peito...
É Flecha Dourada!

Sua direção no Astro Rei
Corre pela floresta
Iluminado, raios solares
Iluminado, raios lunares

Sabedoria no silêncio 
Resposta no tribal nativo...

Tem bravura de guerreiro,
Regência da anciã que cuida
A guardiã, a velha
Que por ele zela...

Vem d'aldeia, cabana de palha
Com flores e frutas
Banquete e fartura
Tupã e Jurema chegou

Guerreiro avisou...

Vai ter festa,
Convocou os clãs
Matilha uivou
Pena Roxa assoviou...

Sua tribo, fogueira preparou
Caboclinha, seu colar arrumou
Em volta, elo por elo
Círculo maior formou

Sincronia fez roda girar
Flauta consagrada
Xamã tocou
No círculo, roda formada girou.

Autor: Ricardo Andrade

PESCADOR LÍRICO













Seu coração ameniza
No sentir da paz preencher
Em cada fibra do ser
Na prece que enaltece
Sentindo a luz radiar

No vento relampeja,

Entre as nuvens clareia
Faz trovão trovejar

Lua cheia, tem beira mar...


Tem sereia, pescador observa

O canto da deusa cantar
Do seu jeito faz reverência
Canto se estende,
Pescador joga a rede

Beira mar se faz paisagem,

Ao longe, navio de passagem...

O canto cantado se estende

Faz pescador pensar
Ao ver o brilho da sereia
E a luz de lindo luar.

Autor: Ricardo Andrade

DEIXA SEU POVO CANTAR













Coração verde e amarelo
Pele negra, raça pura
Povo, canta pra nação
Ouvir tua bravura
Do saber dos vossos
Daqueles que te amam
Não por orgulho,
Mais por amor à origem
Por amor à raíz
À ancestralidade 
Dos teus Anciãos
Ó Terra, bela amada
Tão esplêndida
Amada, ponto central
Amada, tão amada
Deixa seu povo cantar
Soltar a voz, desenrolar
Deixa seu povo cantar...


Autor: Ricardo Andrade

AMOR MINEIRINHO


Tão impossível, contagiante
Formosa, deslumbrante
Minhas palavras se cruzam
Emoções se desnundam 
Que aparência luminosa
Um brilho nos olhos
Leve calma no sereno
Sem querer aqui veio
Sem prever, sem receio
Pode sentir o suspirar
Ainda mesmo sem ventar
O melhor é querer amar
No coração reverenciar
Cada abraço, abraçar
Envolver, entrelaçar
Como na minha poesia
Que leve, suave, desliza
Meu carinho acaricia
Vai de mansinho, 
Se aproxima, quietinho.


Autor: Ricardo Andrade